terça-feira, 11 de novembro de 2008

Saudosamente despedindo-se

Por Rafael de Carvalho

FIC acaba e agrada a produção do evento, nos mais de 100 filmes
um público superior a 18 mil pessoas compareceram
no evento em seus 12 dias de duração.

O Festival Internacional de Cinema teve seu término nesse último domingo (09). No FIC foi exibido os mais recentes e inteligentes da cinematografia mundial da atualidade. Nesta décima edição, profissionais do cinema vieram, além de exibir seus filmes, conversar com o público, conhecer nosso país e estabelecer contatos profissionais, possibilitando, quem sabe, grandes parcerias para um futuro próximo.

O público de 18 mil pessoas, que compareceu ao evento, atingiu as expectativas da produção. “Essa quantidade de pessoas que prestigiaram o X FIC-Brasília é composta por amantes da sétima arte e por um público que acredita que a promoção da cultura é uma ferramenta chave para a diminuição das desigualdades sociais”, explica Marco Farani, diretor do festival.

Comandado pela jornalista Renata Caldas e pelo ator Orã Figueiredo, a noite de encerramento do FIC contou com a presença de mais de mil pessoas no auditório do Hall da Academia de Tênis José Farani. Pelo terceiro ano, no evento anunciou-se os vencedores das mostras competitivas, Prêmio Itamaraty para o cinema nacional e o Prêmio Buriti para a cinematografia internacional.

Os premiados foram “Sleep dealer” (EUA, México, 2008), de Alex Rivera (ver crítica), na competição internacional. E no III Prêmio Itamaraty para Cinema Brasileiro, os vencedores foram “Juventude”, de Domingos de Oliveira para longa metragens, recebendo R$ 25mil e “O despejo ou ...Memórias de um Gabiru”, de Sérgio Glenes, na competição nacional de curtas, recebendo R$ 10mil.

Além da premiação oficial para cinema nacional foi dada a menção honrosa ao participante da competição de longas-metragens, o filme “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado”, de Joel Zito. A entrega do Prêmio Itamaraty pelo conjunto da obra foi atribuída a Nelson Pereira dos Santos, por sua contribuição no Cinema Novo, movimento que promoveu a maior revolução estética que o cinema brasileiro já conheceu. Selton Mello, diretor de “Feliz Natal”, ganhou o Prêmio Buriti pela sua estréia como diretor no cinema nacional.

O júri internacional concedeu ainda mais dois outros prêmios para os filmes que participaram do X FIC-Brasília. A menção honrosa de melhor filme ficou com o documentário “Mataram Irmã Dorothy”, de Daniel Junge, e Vicente Amorim ganhou o prêmio de melhor diretor pela película “Um homem bom”.

Após o coquetel de encerramento, exibiu-se o filme Sob Controle (Surveillance), protagonizado pelo ator americano Bill Pullman, que participou do fim do evento acompanhado de sua esposa, Tamara Pullman. A película conta a história de dois agentes do FBI que chegam a uma pequena cidade no meio do deserto para investigar uma chacina. Na delegacia local, encontram três testemunhas que perderam parentes ou amigos na tragédia: o policial Jack Bennet, a viciada em cocaína Bobbi e a menina Stéphanie. Cada um tem uma versão completamente diferente do acontecimento. As contradições aumentam até o ponto em que o preço da verdade passa a ser alto demais para os agentes.

Durante o evento houveram várias homenagens, dentre elas ao doutor e fundador da Academia de Tênis, José Farani, um grande entusiasta e apoiador do FIC-Brasília, o que deu um caráter mais especial à esta edição, como diz Marco Farani. Outro caráter especial dado ao evento foram as ótimas produções presentes nas mostras e as grandes personalidades do cinema nacional e internacional que prestigiaram o evento, continua o argumento do diretor.

Sobre o Festival Internacional do Cinema de Brasília – O Festival Internacional de Cinema de Brasília foi criado em 1999. Desde então, passou a ter destaque na programação cultural do país, com programação e acontecimentos constantemente divulgados em cadernos culturais dos principais jornais de todo o país. O Festival também promove um ciclo de debates sobre os temas tratados pelos filmes que participam do festival, bem como sobre temas ligados à Sétima Arte e, há dois anos, realiza o Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro com o objetivo de divulgar e premiar os filmes nacionais. Grandes nomes do cinema já participaram do festival como o ator norte-americano Morgan Freeman, o diretor israelense Amos Gitai, o diretor sueco Lucas Modisoon, o diretor independente norte-americano Todd Solondz, além dos brasileiros, Othon Bastos, Karim Aïnouz, Tizuka Yamazaki, Paulo Betti, Milton Gonçalves, dentre tantos outros.

Fonte: Assessoria de Imprensa do FIC-Brasília

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Como funciona

Por Rafael de Carvalho

O FIC- Brasília vai além das mostras competitivas. No total são sete mostras especiais que apresentam o melhor do cinema nacional e internacional.

Na décima edição do Festival Internacional de Cinema de Brasília, as mais importantes mostras do FIC são as duas competitivas – sendo uma nacional para longas e curtas, outra internacional para longas. Outra mostra presente no festival é a mostra "homenagem a Paulo José", que prestigia a festa. Além disso, há uma seção destinada ao público infanto-juvenil - a mostra Jovens Heróis, que será exibida gratuitamente, e a mostra Primeira Visão, que reúne mais de 60 películas. Foram organizadas ainda duas coletâneas temáticas que estão à disposição dos apaixonados por cinema, a mostra Venezuela e a mostra Japão Contemporâneo, em comemoração ao centenário da imigração.

Além destas mostras, mais dois longas são exibidos à parte - um na abertura onde se exibiu “Vicky, Cristina, Barcelona”, com direção de Woody Allen (ver crítica) e, no encerramento, Sob Controle, dirigido por Jennifer Lynch -, dois filmes majestosamente esperados pelo público.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Ministério das Relações Exteriores promove o prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro. Concorrem duas categorias, curtas com 10 participantes e longas-metragens com sete participantes, todos da novíssima safra da produção cinematográfica nacional. As premiações serão de R$ 10mil para curtas e R$ 25 mil para longas. Na mostra internacional, nove filmes competem ao Premio Buriti. O vencedor será escolhido pelo júri popular e oficial.

Ainda no FIC-Brasília, além da exibição de mais de 100 filmes, promovem-se debates com vários nomes importantes da sétima arte, e uma exposição fotográfica com personalidades que prestigiaram o festival nas últimas edições.

O festival ocorre no Setor de Clubes Esportivo Sul - SCES trecho 4, conjunto 05, lote 1B. Telefone para informações: 3316-6373. A entrada para as seções custa R$ 12 inteira, R$ 6 a meia, e a mostra Jovens Heróis é gratuita. A faixa etária e acima de 18 anos por questão do conteúdo dos filmes, exceto a seção Jovens Heróis que tem classificação livre.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Homenagem feita para a pessoa certa...

Por Juliene Rodrigues

O ator Paulo José Gómez de Sousa, um dos artistas mais atuantes na história do cinema nacional, é celebrado na 10ª edição do FIC-Brasília. A mostra Homenagem a Paulo José faz justo tributo ao ator, com exibição de quatro dos 31 filmes que contaram com seu talento ao longo de 40 anos.

Além de ser um dos mais ativos e talentosos atores brasileiros dos últimos 50 anos, aos 71 anos de idade e 40 de carreira, Paulo José já conquistou 29 prêmios, foi personagem de 31 filmes, ator e diretor de 40 peças de teatro e 72 novelas e minisséries marcantes como O Tempo e o Vento, de 1985; Agosto, de 1993; e Incidente em Antares, de 1994. A “Homenagem a Paulo José” irá destacar alguns dos importantes filmes em que o ator atuou.

Dentro da programação do FIC-Brasília 2008, outro filme traz o ator Paulo José num dos papéis principais: Juventude (2008), de Domingos Oliveira. O longa concorre ao Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro. Tanto o ator quanto o cineasta confirmaram presença no festival.

Todos esses trabalhos não poderiam passar em branco, Paulo José recebeu vários prêmios, entre eles:

· Ganhou três vezes o Troféu Candango de Melhor Ator, no Festival de Brasília, por suas atuações em Todas as Mulheres do Mundo, de (1966, Edu - Coração de ouro, de 1967; e O rei da noite, de 1975).
· Em 2000, recebeu o Troféu Oscarito no Festival de Gramado, pelo conjunto de sua obra.
· E ganhou Prêmio de Melhor Ator, por Benjamim, no oitavo Festival de Cinema Brasileiro de Miami, em 2004.

sábado, 1 de novembro de 2008

FIC Carolina Bruno

Imagem: Ana Carolina Curvello
Apresentadores Maria Paula e Murilo Grossi.

Por Bruno Dantas
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O coquetel que antecedeu a abertura do FIC foi bem concorrido, pois era aberto ao público, e quem tinha convite não teve regalias, a não ser economizar o dinheiro. Uma falta significante foi a de lixeiras, a solução foi acumular os restos em pontos estratégicos. Houve quem sentisse falta de champanhe ou de um pouco mais de Coca-Cola. Os salgados em poucos minutos terminaram. A comida japonesa estava bem servida e procurada, a “briga” foi feia. Os doces não agradaram tanto, havia um que enchia a mesa comido pela metade, um jornalista ainda brincou: “Queria experimentar, será que está usado?”. Muitos nem era conhecidos:
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Carol: O que é isso? É quindim?
Mulher (cheirando): Não consigo identificar...
Carol (experimentando): Eca! É de gelatina!
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Com muita gente e burburinho, houve um atraso de 30 minutos na entrada do coquetel e uns 15 minutos no início da abertura, mas como diz a Carol: “Envolveu gente, tem atraso!”. Um pianista distraiu o público com umas duas músicas enquanto o tempo passava e, antes da entrada dos apresentadores, uma homenagem foi feita à memória do Doutor José Farani, que dá nome à Academia de Tênis.

A apresentação de Maria Paula e Murilo Grossi foi muito agradável e sem muitas formalidades. A integrante do Casseta & Planeta tentou tirar risadas da platéia, ao fazer piada do seu blusão (ou seria vestido) e da careca do Murilo, mas não foi tão bem-sucedida como o desejado. Assim como a propaganda dos seus textos no Correio e a quase gafe com “assistir minha crônica”, mas logo consertada por “ler”.

Foi com muito prazer e satisfação que assisti a abertura do FIC-Brasília 2008, que, como não podia deixar de ser, não foi tão perfeita tecnicamente, mas nada grave. Os filmes para abrir o festival não poderiam ter sido mais bem escolhidos.

Primeiro o curta Pajerama (leia a crítica), de Leonardo Cadaval, apresenta em animação a cidade invadindo e transformando a floresta. O caçador índio tornou-se a caça da urbanização. Postes e fios o prendiam. Árvores feitas de semáforos e placas enlouquecidas. Estação do Metrô Sumaré em plena mata. E no final, pajé e índio aguardam serem consumidos pela cidade.

O longa do Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, foi, sem dúvidas, o melhor da noite e o mais aclamado momento da abertura do FIC, que teve uma platéia não muito participativa.

O evento, que já exibiu mais de mil filmes em primeira mão ao público brasiliense, e contou com a participação de mais de 300 artistas para apresentar e interagir com a platéia, ajuda no fortalecimento da arte e cultura de Brasília. O 2° Prêmio Itamaraty, por exemplo, recebeu a inscrição de quase toda a produção nacional.

O homenageado da 10ª edição foi Paulo José, que recebeu o prêmio das mãos do ator Orã Figueiredo, e foi bem sincero ao assumir que “gosta de receber prêmios”, ao mesmo tempo em que esbanjava simpatia e humildade. E deixou a mensagem: “Nem todos podem estar na flor da idade, mas podem estar na flor da sua idade”.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sobre a abertura do FIC

Imagem: Ana Carolina Curvello
Por Ana Carolina Curvello

Pela primeira vez, eu estive presente em um evento, sendo uma jornalista de verdade, e isso para mim foi simplesmente emocionante. Usando uma credencial de Imprensa, você pode se sentir o máximo, afinal você deixa de ser mais um no "povão", e vira um jornalista "real" com o propósito de apurar, investigar, entrevistar e, é claro, olhar tudo o que pode ter de negativo ou positivo em um local.

A abertura do evento, foi boa em relação ao coquetel que tinha uma variedade de comida, como salgados, docinhos e comida japonesa. No entanto, deixou um pouco a desejar com a quantidade, que, para meu ver, não estava de acordo com o número de convidados presentes. Foi uma pequena falha, mas nada que pudesse estragar uma noite de atrações.

A presença de Maria Paula, apresentando o festival, chamou muito a atenção dos espectadores, principalmente pelo seu vestidinho, totalmente curto, e como ela brincou: o vestido era "mais curto do que os curtas do festival".

Na minha opinião, deu para eu sair satisfeita do evento com a exibição do curta "Pajerama" e do longa "Vicky Cristina Barcelona", que por sinal foram sensacionais, e conseguiram me prender do começo ao fim sem ter vontade de tirar um cochilo (uma pequena brincadeirinha, é claro). Visto que eles apresentaram um roteiro fantástico e uma sonoplastia fenomenal.

Mas com satisfação eu sei que será um grande avanço cobrir esse festival e, com certeza, a experiência será inesquecível!

Mais pra frente deixarei os meus outros olhares para vocês!