Por Rafael de Carvalho
FIC acaba e agrada a produção do evento, nos mais de 100 filmes
um público superior a 18 mil pessoas compareceram no evento em seus 12 dias de duração.
O Festival Internacional de Cinema teve seu término nesse último domingo (09). No FIC foi exibido os mais recentes e inteligentes da cinematografia mundial da atualidade. Nesta décima edição, profissionais do cinema vieram, além de exibir seus filmes, conversar com o público, conhecer nosso país e estabelecer contatos profissionais, possibilitando, quem sabe, grandes parcerias para um futuro próximo.
O público de 18 mil pessoas, que compareceu ao evento, atingiu as expectativas da produção. “Essa quantidade de pessoas que prestigiaram o X FIC-Brasília é composta por amantes da sétima arte e por um público que acredita que a promoção da cultura é uma ferramenta chave para a diminuição das desigualdades sociais”, explica Marco Farani, diretor do festival.
Comandado pela jornalista Renata Caldas e pelo ator Orã Figueiredo, a noite de encerramento do FIC contou com a presença de mais de mil pessoas no auditório do Hall da Academia de Tênis José Farani. Pelo terceiro ano, no evento anunciou-se os vencedores das mostras competitivas, Prêmio Itamaraty para o cinema nacional e o Prêmio Buriti para a cinematografia internacional.
Os premiados foram “Sleep dealer” (EUA, México, 2008), de Alex Rivera (ver crítica), na competição internacional. E no III Prêmio Itamaraty para Cinema Brasileiro, os vencedores foram “Juventude”, de Domingos de Oliveira para longa metragens, recebendo R$ 25mil e “O despejo ou ...Memórias de um Gabiru”, de Sérgio Glenes, na competição nacional de curtas, recebendo R$ 10mil.
Além da premiação oficial para cinema nacional foi dada a menção honrosa ao participante da competição de longas-metragens, o filme “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado”, de Joel Zito. A entrega do Prêmio Itamaraty pelo conjunto da obra foi atribuída a Nelson Pereira dos Santos, por sua contribuição no Cinema Novo, movimento que promoveu a maior revolução estética que o cinema brasileiro já conheceu. Selton Mello, diretor de “Feliz Natal”, ganhou o Prêmio Buriti pela sua estréia como diretor no cinema nacional.
O júri internacional concedeu ainda mais dois outros prêmios para os filmes que participaram do X FIC-Brasília. A menção honrosa de melhor filme ficou com o documentário “Mataram Irmã Dorothy”, de Daniel Junge, e Vicente Amorim ganhou o prêmio de melhor diretor pela película “Um homem bom”.
Após o coquetel de encerramento, exibiu-se o filme Sob Controle (Surveillance), protagonizado pelo ator americano Bill Pullman, que participou do fim do evento acompanhado de sua esposa, Tamara Pullman. A película conta a história de dois agentes do FBI que chegam a uma pequena cidade no meio do deserto para investigar uma chacina. Na delegacia local, encontram três testemunhas que perderam parentes ou amigos na tragédia: o policial Jack Bennet, a viciada em cocaína Bobbi e a menina Stéphanie. Cada um tem uma versão completamente diferente do acontecimento. As contradições aumentam até o ponto em que o preço da verdade passa a ser alto demais para os agentes.
Durante o evento houveram várias homenagens, dentre elas ao doutor e fundador da Academia de Tênis, José Farani, um grande entusiasta e apoiador do FIC-Brasília, o que deu um caráter mais especial à esta edição, como diz Marco Farani. Outro caráter especial dado ao evento foram as ótimas produções presentes nas mostras e as grandes personalidades do cinema nacional e internacional que prestigiaram o evento, continua o argumento do diretor.
Sobre o Festival Internacional do Cinema de Brasília – O Festival Internacional de Cinema de Brasília foi criado em 1999. Desde então, passou a ter destaque na programação cultural do país, com programação e acontecimentos constantemente divulgados em cadernos culturais dos principais jornais de todo o país. O Festival também promove um ciclo de debates sobre os temas tratados pelos filmes que participam do festival, bem como sobre temas ligados à Sétima Arte e, há dois anos, realiza o Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro com o objetivo de divulgar e premiar os filmes nacionais. Grandes nomes do cinema já participaram do festival como o ator norte-americano Morgan Freeman, o diretor israelense Amos Gitai, o diretor sueco Lucas Modisoon, o diretor independente norte-americano Todd Solondz, além dos brasileiros, Othon Bastos, Karim Aïnouz, Tizuka Yamazaki, Paulo Betti, Milton Gonçalves, dentre tantos outros.
Fonte: Assessoria de Imprensa do FIC-Brasília